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NOME: Manuel Bravo Saramago NASCIMENTO: 19/10/1944, Tombos - MG FORMAÇÃO: Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes - Rio de Janeiro/MG - 1971. Mestre em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG - 2003.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Resenha - Atlético x Botafogo

Atlético 4 x Botafogo 0, arena do “Jacaré”, Sete Lagoas, 27 de novembro, domingo, 17,00 horas, um gol de Daniel Carvalho, dois de André e um de Leonardo Silva.
Nada mais incoerente e sem palavra do que o torcedor de futebol. Basta o seu time ganhar para uma mudança de propósito. Estava determinado em falar sobre futebol neste blog, somente após 15 de dezembro, já no segundo mandato do Presidente Alexandre Kalil. Acontece, todavia, que, após o jogo de ontem, não se há como deixar de comentar a vitória maiúscula do “GALO”.
O Cuca deu padrão ao time. O preparo físico da equipe está perfeito. Existe, o que não existia antes, com o que os jogadores passaram a render no limite do seu talento. E, finalmente, chegaram três jogadores – Triguinho, Pierre e Carlos César. Dos três, o que mais vem se destacando é o Pierre.
Nunca fui muito de atribuir a técnico o sucesso de uma equipe. Há outros fatores mais importantes, como a qualidade técnica do jogador - que é o primeiro -, o preparo físico, o preparo psicológico, a estrutura do clube, a pontualidade nos pagamentos e, após, então, cogita-se do técnico.
No Atlético, a preparação física, que não existia, e o Cuca fizeram a diferença, porque o resto já havia.
As mudanças levadas a efeito pelo técnico e que deram resultado são evidentes, tais como:
1 - a dupla de área passou a jogar o que sabe, Réver, então, está sobrando. Ontem, desconheceu Loco Abreu. A melhoria do rendimento da zaga está vinculada à entrada de Pierre na sua proteção, o que faz com maestria;
2 - encontrou o lugar do Richarlyson no time – lateral esquerda –, onde vem sendo eficientíssimo como ala;
3 - Neto Berola passou a jogar pela direita, como um ponta, onde vem sendo brilhante. Ontem, participou diretamente dos dois primeiros gols. Deve se submeter a um tratamento rigoroso para suportar os dois tempos;
4 - Bernard na armação pela esquerda, também brilhante, jogando mais como um ponta esquerda;
5 - estabeleceu a titularidade de André como centroavante;
6 - Serginho é o coringa, ora na lateral direita, ora como volante;
7 - Daniel Carvalho, o cérebro da equipe, passou a jogar bem;
8 - o goleiro, especificamente ontem, jogou bem;
9 - Fillipe Soutto o mais regular da equipe;
10 - Triguinho e Carlos César quando entram não comprometem.
Vê-se que o técnico teve participação na evidente melhora de produção da equipe. Vieram três discretos jogadores, nas reservas dos respectivos times, e estão demonstrando eficiência, principalmente Pierre.
O elenco é o mesmo do primeiro turno com o acréscimo dos jogadores já referidos e, não obstante, no segundo turno, o time fez uma campanha para se classificar para a Libertadores.
A direção técnica anterior estava, deveras, atrapalhando. É uma constatação fática, nada mais.
Esperemos por uma vitória domingo. Precisamos fechar bem o ano. Vamos torcer.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Juiz, um ser solitário

Ontem, dia cinza e triste, como tem sido uma constante aqui no Alphaville, resolvi conversar comigo escrevendo este texto, já que não havia ninguém para um diálogo próprio das manhãs de domingo - o jogo de futebol da tarde. Já se antevia o resultado do jogo no Pacaembu. Mas não quero falar em futebol, até a eleição do Presidente Kalil, no próximo mês.
Na década de 90, século passado, quando o Atlético disputou uma semifinal com a Lusa, no Morumbi, fretamos um taxi nas proximidades do fórum, no Barro Preto, este blogueiro e o Alvimar de Ávila, para nos conduzir ao aeroporto da Pampulha, pois pegaríamos o avião das 18,30 rumo a São Paulo, para assistirmos ao jogo.
O motorista, de inopino, disse: - Nesse prédio há um bando de ladrões que roubam da gente. Perguntei: - Quais? Respondeu-me: - Os homens que usam capa preta. Naquela época, havia poucas juízas.
E continuou o taxista no seu desabafo: - Outro dia, um dos caras de capa preta me fez pagar um absurdo à minha ex-mulher, quase a metade dos meus ganhos, pessoa que não quis viver comigo, um assalto. Perguntou-lhe o Alvimar: - E quantos filhos tem com a sua ex-mulher? - Tenho três.  Perguntei-lhe: - E com qual idade? Seis, três e um ano. Perguntou-lhe novamente Alvimar: - E por que se separaram? Eis a resposta: - O amor não é eterno, surgiu um novo amor, uma passageira, o senhor entende? E deu um sorriso. Entendemos tudo e nada mais falamos.
Fomos para o aeroporto com a ilusão de trazer uma vitória. Como estávamos enganados!!!! Rodrigo Fabri não deixou, Lusa 1x0.
Tempos depois, assentado na cadeira do meu antigo barbeiro, meu xará, salão localizado no prédio do hotel “Palace”, na rua Carijós, e, na cadeira ao lado, um freguês do Rubens, este meu amigo, disse: - Todo juiz é ladrão, f.. da p..a. Houve um mal estar no salão, pois os barbeiros sabiam que eu era magistrado. Manoel chegou a me perguntar se queria que dissesse algo. Eu lhe respondi: - Não fale porque estou correndo o risco de apanhar, e muito. A situação era a mesma do motorista: o cliente do Rubens tinha sido condenado a pagar pensão à mulher e filhos.
E assim vem sendo, sempre.
Outro dia, frequentando os bastidores do Atlético - porque me permitiram a frequência, caso contrário lá não estaria - clube do meu coração, onde é possível que tenha amigos, imotivadamente, fui objeto de galhofa somente por ser magistrado. É o estigma da função, infelizmente. E, em outro momento, em lugar público, porque tenho este mísero blog, fizeram-me de um “Mané Qualquer”. Aqui não saberia explicar a motivação do bullying.
Sou magistrado por vocação. Antes passei pela Advocacia, Procuradoria Autárquica e Ministério Público, sempre com um procedimento funcional sem mácula e tudo por força de concurso público. Exerci o magistério por mais de vinte anos, também por força de concurso.
Vivo, exclusivamente, dentro dos padrões financeiros que o meu subsídio permite. Exerço a jurisdição eventualmente com erros, é claro; bem intencionado, sempre; com celeridade, no que me é permitido ser célere; tratando com urbanidade as partes, advogados e serventuários. Sintetizando, venho cumprindo o meu dever. Não sou contra o CNJ. Sou contra a incontinência de linguagem.
Nunca soube vender conversa e falar o que o meu interlocutor quer ouvir, ainda mais se este ocupa função de chefia.
Finalmente, no último sábado, no Globo News Painel sob o comando do William Waak, tevê fechada, canal 40, em que se discutia sobre a corrupção da sociedade brasileira – participaram como convidados Cláudio Abramo, diretor da “Transparência Brasil”, Jaime Pinsky, historiador e professor da Unicamp, e Cláudio Couto, cientista político e professor da F.G.Vargas.
Programa muito bem conduzido por William Waak, como sempre, uma discussão muito inteligente, excelente para se ver e ouvir, com Cláudio Couto entre outras, fazendo críticas ao Judiciário.
Cláudio Abramo foi o ponto negativo: ele não fez críticas ao judiciário. Foi além: demonstrou um sentimento de ódio aos juízes e ao sistema como um todo, o que me impressionou, e muito. Pareceu-me algo pessoal, com o que já estou acostumado. Fisicamente, tem uma aparência com o taxista do Barro Preto que levou este blogueiro e o Alvimar ao aeroporto.
O que fazer? Já no ocaso da vida, ser obrigado a esconder o que faço honestamente para não sofrer discriminação e talvez ser impossibilitado de freqüentar o clube do coração, não é fácil!! Não me resta outra alternativa: conversar comigo, escrevendo neste espaço. Nada mais.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Atlético x Grêmio

Atlético 2 x Grêmio 0, 5 de novembro, sábado, 19,00 horas, "Arena do Jacaré".
Jogo de muita marcação pessoal - principalmente Rochemback em Daniel Carvalho e Pierre em Douglas. Quanto a Daniel Carvalho, a marcação não surtiu o efeito esperado por Roth, porque o talento foi mais forte que a marcação exercida pelo volante tricolor. Quanto a Douglas, não teve a eficiência demonstrada em outros jogos.
As defesas se sobrepuseram aos ataques, tanto que os gols nasceram de jogadas tramadas fora da área. O primeiro teve origem num chute forte de Fillipe Soutto que o goleiro soltou e André, aproveitando  o rebote, em lance típico de jogador de área, assinalou. O segundo foi um chute indefensável de Marquinhos Cambalhota, já na segunda etapa.
O Grêmio voltou para o segundo tempo com todo tipo que empataria o jogo. Avançou a marcação e exerceu uma verdadeira blitz na defesa atleticana, proporcionando boas defesas do goleiro Renan Ribeiro, cerca de  três delas milagrosas.
O ponto atleticano de maior fragilidade foi Neto Berola que não fez uma boa partida, acabando por ser expulso no segundo tempo.
A defesa se houve bem; o meio de campo, embora muito marcado, foi um setor positivo, como também o ataque - exceto Berola, como já assinalado. André vem melhorando. Precisa de jogar.
O brilho maior ficou por conta do técnico do Atlético, Cuca, que fez as substituições corretas - substituiu Carlos César por Serginho, descansado, que cobriu todo o setor direito atleticano desfalcado pela expulsão de Berola; colocou Richarlysson no lugar de André para dar maior consistência ao meio de campo, pois Daniel Carvalho já se mostrava desgastado; finalmente, no lugar deste, fez entrar Marquinhos Cambalhota. Exceto Serginho que custou a entrar no jogo e permitiu que o Grêmio jogasse com facilidade por aquele setor, os demais jogadores substitutos tiveram boa atuação.
No intervalo do jogo de sábado, o presidente Alexandre Kalil estava debruçado sobre o parapeito da galeria das cabines de imprensa da arena, em silêncio, sozinho, prestando reverência aos deuses do futebol. Passei e disse: ganharemos hoje e a vitória nas eleições é certa. 
O elenco atual do Atlético é quase igual ao de abril. Foram embora os que não deveriam ter vindo - Toró, Patrick e Guilherme Santos. Vieram, por solicitação do atual técnico, Carlos César, Pierre e Triguinho, que não são craques mas têm demonstrado eficiência.
E o Dorival Júnior com seus preparadores físicos? Época de lágrimas e ranger de dentes, o time corria meio tempo imitando jogar futebol e se arrastava em campo no restante. Que coisa, hein!!!!!!!
Esperanças não nos podem faltar. Faremos bom jogo no próximo sábado.