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NOME: Manuel Bravo Saramago NASCIMENTO: 19/10/1944, Tombos - MG FORMAÇÃO: Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes - Rio de Janeiro/MG - 1971. Mestre em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG - 2003.

terça-feira, 7 de julho de 2009

Atlético x Botafogo - N A D A -

Atlético x Botafogo, domingo, 4 de julho, "Mineirão", 1x1. Não vou comentar o jogo porque não se comenta o nada. Este deve ser comentado por filósofo, e dos bons. Todavia, farei algumas considerações sobre fatos ocorridos durante e após o referido nada. Ouvi, com a atenção devida, a entrevista do Professor Roth e ele disse, reiteradamente, que Renã Oliveira está sem ritmo e eu deduzi que Serginho também deve estar, pois a situação de ambos é a mesma - estavam machucados e estão voltando às atividades. Ficou tão marcada na minha memória tal palavra - R I T M O - que, ao ir para casa, passando próximo a um posto de gasolina, onde há uma drogaria, parei e entrei, procurei uma atendente e lhe perguntei: - você tem ritmo para vender? Pode ser injetável, via oral (comprimido ou xarope) ou pomada. Ela respondeu - Não estou entendendo do que está falando, vou chamar a farmacêutica de plantão. E esta, com o semblante de quem estava falando com um alienado mental, me respondeu que não existia sal algum com aquela denominação. Depois que lhe expliquei porque estava procurando ritmo, ela, pacientemente, disse: - ganha-se ritmo, como o Sr. está procurando, exercitando-se reiteradamente e, no caso de jogador de futebol, jogando, e jogando, e jogando. Aí eu entendi. Fica um conselho aos dirigentes atleticanos: convoque a Tombense, filial do Atlético, para sucessivos jogos, como também o terceiro time do América, o Democrata de Sete Lagoas, o Cavaleiro Negro, etc. para que o Renan Oliveira, Serginho, Tchô, Marcos, o beque, porque o Alex Bruno é muito ruim, joguem e ganhem ritmo de jogo. Simplíssimo, não é? Está na hora de Renan Oliveira deixar de ser promessa e tornar ralidade, o que não acredito, como também o Tchô. Se não corresponderem após o ritmo, Croácia neles.
Assistindo ao nada, quanta lembrança, aliás foi esta a sua utilidade, produzir saudade, muita saudade, olha que não é a dos supercraques que jogaram no Atlético nas décadas de 70/80. Foram outros, mais antigos, que não chegaram à categoria de supercraques, mas eram jogadores extremamente eficientes. Quando o Carlos Alberto pega na bola, lembro-me do Ramos e Humberto Monteiro, que diferença brutal! Num determinado momento do nada Jonílson, de bico, manda a bola para trás, que horror, lembro-me do Dinar, de refinadíssimo trato com a bola, excelente jogador. Júlio César, um brucutu terrível, chuta e erra, na gíria futebolística fura, vem à minha mente o Carlaile, que diferença, extraordinário centro avante, este era craque, grande referência na área. Logo após a furada de Júlio César, vejo Júnior, já esbaforido, quase morto, entrando pela esquerda com a bola dominada, mas cai e a bola vai para linha de fundo, lembro-me do incomparável Nívio, eficientíssimo jogador, ponta extraordinário, um relâmpago nas jogadas pela esquerda, inalcançável. Ao ver Aranha, lembrei-me da lambança de Barueri, veio-me à memória o Fábio, extraordinário goleiro, originário da Tombense e fez festa em Belo Horizonte, como também Ramos e Dinar.
Não sou pessimista em futebol, sou realista. Afirmo que o Atlético não tem elenco para coseguir uma classificação no Nacional que lhe permita disputar a Libertadores do ano que vem. Se quiser disputar a competição continental, necessariamente, terá que melhorar o elenco. Corinthians, time do Barro Preto, Internacional, Palmeiras, Grêmio, Flamengo e São Paulo têm mais condições de chegar, hoje, do que o Atlético. Esta é a nossa realidade. Tomara que, no decorrer do segundo semestre, haja uma outra - que o Conselho de Frederico Pessanha permita um negócio com o Shoping que possibilite a contratação de três bons reforços, nada mais -. Soube, na "Praça Sete", que está sendo falada nos corredores atleticanos a contratação de Souza do Corinthians pelo Atlético. Chega de cabeça de bagre. Tragam jogadores de futebol e não botineiros. Já temos o Júlio César, o Renan, o Jonílson, o Alex Bruno. Basta! Voltarei amanhâ, mais calmo, certamente.

Um comentário:

Anônimo disse...

amigo, sou genro do Dinar (ex atletico anos 60), elogiado por voce neste post. Estamos organizando uma festa para ele, gostaria de contar com mais material, vc tem algo da epoca dele... 61/62/63.. ou poderia me enviar um depoimento sobre ele? leomagamon@gmail.com