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NOME: Manuel Bravo Saramago NASCIMENTO: 19/10/1944, Tombos - MG FORMAÇÃO: Bacharel em Direito pela Faculdade Cândido Mendes - Rio de Janeiro/MG - 1971. Mestre em Direito Processual pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais - Belo Horizonte/MG - 2003.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Conselho Deliberativo e Shoping

O Brasil amanheceu vestido de azul. No Morumbi, o representante de Minas Gerais na Libertadores obtinha uma vitória maiúscula frente ao São Paulo - Henrique e Kleber, o clube do Barro Preto, inclusive o seu Conselho Deliberativo, sobre o qual ninguém ouve falar, fizeram a festa. Enquanto tudo isto, o Conselheiro, brilhantíssimo Advogado, Professor e Doutor, Alberto Lima Vieira, questionava sobre quorum em reunião do Conselho Deliberativo do Clube Atlético Mineiro.
Não pretendia fazer comentário de qualquer reunião realizada nos bastidores do clube para não expô-lo à opinião pública.
Todavia, após o jogo de ontem, resolvi, brevemente, historiar a reunião do Conselho Deliberativo, realizada na quarta-feira passada, dia 17 (dezessete) de junho, na sede de Lourdes, no auditório "Elias kalil". Que horror!
Na pauta, constava a apresentação para discussão da proposta sobre a repactuação do empreendimento shoping.
Pontualmente, foram abertos os trabalhos pelo Presidente, João Batista Ardizoni dos Reis, compondo a mesa o Presidente do clube, Alexandre Kalil, que fez sucinta, clara e inteligível explanação sobre a mencionada proposta.
Simultaneamente à abertura dos trabalhos, chamou-me a atenção: adentravam o recinto o ex Presidente, Afonso de Araújo Paulino, meu amigo, como um chefe militar que partia para batalha, em companhia de um dos seus companheiros.
O conselheiro Albertto Lima Vieira, já qualificado supra, suscitou questão de ordem sobre quorum, o que foi prontamente rejeitada pela presidência. Um arremedo de tribunal.
Dada a palavra ao conselheiro Frederico Pessanha, este nada trouxe de útil ao assunto: disse que não era orador, o que não era de se admirar porque, normalmente, engenheiro não é mesmo dado à oratória; posteriormente, afirmou que nada entendia de shoping, o que me deixou embasbacado, uma vez que nada entendia sobre o assunto a respeito do qual se dispusera a falar e emitir parecer e, por último, afirmou também que não entendia de números e que não sabia fazer conta, aí fiquei perplexo, porque engenheiro que não conhece de números e não sabe fazer conta........! Finalmente, mostrou-se contra a proposta.
Logo após, foi dada a palavra a Geraldo Tavares, excepcional advogado, eu atesto, mas também disse que nada sabia sobre shoping e posicionou-se contrário ao plano apresentado pela presidência do clube.
Alexandre Kalil, naquele contexto, retirou a proposta de discussão e o fez com toda razão. Não havia seriedade naqueles que se mostraram contrários à proposta apresentada. Era o contestar por contestar. Era o objetivo de impedir a evolução do negócio por apenas impedir. As comissões não estudaram o assunto, conforme era do seu dever e, após cerca de um mês, disseram que a matéria comportava mais estudos. E o Atlético à espera. Faltou, deveras, responsabilidade. Infeliz e desgraçadamente, o que se conclui é o seguinte: faz a infelicidade de muitos o êxito que tem obtido o Alexandre Kalil na administração do clube.
Não comentei sobre a proposta porque a apresentada pela presidência é a única. Não há outra. É o que se achou. O Atlético precisa de recurso para o futebol. Precisamos de títulos. Não deixem morrer a alegria de muitos. Há conselheiros que atrapalham. Se não podem ajudar, saiam. Fiquem quietos. O que presenciei quarta-feira é sinistro. É dramático. O maior adversário do Atlético, lamentavelmente, não está dentro do campo.

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